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Qual a importância da informação, da comunicação e da arte para as causas ambientais? O Documenta Pantanal é uma iniciativa que reúne profissionais de diversas áreas, ambientalistas e ONGs com o objetivo de proteger o bioma e aumentar a conscientização pública sobre suas questões urgentes. “Nosso esforço caminha no sentido de tornar o Pantanal, com sua beleza e também questões urgentes, mais conhecido de todos”, afirma Mônica Guimarães, coordenadora do “Documenta Pantanal” desde a sua fundação, em 2019, ao lado de Teresa Bracher. O objetivo é levar informação a um número cada vez maior de pessoas, dentro e fora do Brasil
Guimarães atua nas áreas de audiovisual, multiplataforma de comunicação e teatro com funções diversas: planejamento e execução de conteúdos artísticos, direção artística e gestão de negócios. Também é produtora executiva do “É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários” desde 2004. Confira a seguir três perguntas que fizemos a ela.
A redescoberta do ariá
Alimento ancestral indígena consumido em situação de escassez e esquecido no tempo é pesquisado por cientistas a partir das inquietudes de um jovem de 17 anos que pode ganhar o Nobel do Ensino Médio nesta semana, nos Estados Unidos. O trabalho ajuda na valorização do conhecimento tradicional, inclusão de pequenos produtores e segurança alimentar, no contexto da “bioeconomia criativa” como enfrentamento à mudança climática.
Na grande floresta que não reconhece divisas, a região limítrofe do País sofre com fragilidades estruturais, que permitem o avanço do crime organizado e a sua conexão a outras redes de ilegalidades presentes no território. Estão em debate alternativas para desenvolver a bioeconomia, com liderança de indígenas e ribeirinhos, junto à cooperação internacional na Pan-Amazônia e ao fortalecimento das instituições públicas de segurança e proteção socioambiental.
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), a ser lançado na COP 30, é um instrumento inédito de financiamento para remunerar todos os países tropicais do mundo por suas florestas em pé. O Brasil poderá ser beneficiado com R$ 6 bilhões anuais, dos quais 20% serão direcionados aos povos indígenas e comunidades tradicionais.
O papa, morto em 21 de abril, foi além da simples constatação da realidade dramática do meio ambiente. A encíclica Laudato Si’, de 2015, desenvolve-se a partir de uma interpretação própria sobre a relação entre Deus, a humanidade e o meio ambiente.
Uma “bioeconomia criativa” que floresce por trás do açaí, da castanha e demais cadeias produtivas da floresta tem poderes de iluminar e valorizar a sociobiodiversidade, mobilizar renda e engajar jovens talentos em cidades e comunidades amazônicas para um futuro de maior prosperidade. Na emergência climática do planeta, a efervescência da cultura e da inovação cria oportunidades bem perto de onde está o conhecimento tradicional e pode gerar legado social e econômico como forma de combate ao desmatamento. Este conteúdo, que representa uma contribuição da Página22 para a COP 30 do Clima em Belém, inaugura a série de reportagens sobre Bioeconomia Criativa, com atualização periódica de cases e das histórias de seus principais personagens.