Browsing: Antônio Reis Junior

Embora apresentem certa dificuldade de mobilidade, as anciãs, na roda aberta, rodopiam e cantam com uma vitalidade fenomenal. “Samba é a vida”, diz uma delas. É preciso vivenciar a festa, participar das cerimônias e dos rituais sagrados e profanos, celebrar com as irmãs, integrar os cortejos, acompanhar a procissão, comer o caruru e o mungunzá, se arrepiar com o canto sagrado e o batuque do samba de roda no Largo d’Ajuda, dançar miudinho. Enfim, viver os folguedos e folias presentes nesses cinco dias.

Festejar a morte foi marca distintiva de alguns povos africanos que constituíram o Brasil e para cá trouxeram diferentes ritos fúnebres e concepções diversas sobre o além. E por aqui incorporaram também tradições católicas. Entre elas, destaca-se o catolicismo negro da Irmandade da Boa Morte, associação formada por mulheres, que completa 203 anos de existência e resistência. Aqui começa um mergulho nesta festividade e na ancestralidade negra do Brasil