Andrew Ng, professor-adjunto de Ciências da Computação na Universidade de Stanford, começou a oferecer seus cursos no Coursera, uma recém-lançada plataforma de educação virtual que promete democratizar o ensino universitário, levando-o a qualquer um que tenha acesso a um computador, por uma fração ínfima da anuidade de uma boa universidade (que geralmente vai de US$ 8 mil a US$ 45 mil anuais). “Eu normalmente ensino 400 alunos,” disse Ng, há algumas semanas, a Thomas Friedman, colunista do New York Times. No entanto, graças ao Coursera, ele já ensinou a mais de 100 mil alunos on line. “Antes, se eu quisesse atingir esse número de alunos, teria de lecionar em Stanford por 250 anos”.
Nos últimos anos, várias universidades renomadas liberaram o acesso ao conteúdo de seus cursos (listas de leitura, aulas filmadas, apresentações em powerpoint). A novidade é que, agora, você pode ganhar créditos e exibir as credenciais do filé mignon das universidades americanas, como a Santford de Ng e Princeton, sem sair de sua poltrona e pelo preço de um punhado de livros.
Lançado em abril, o Coursera oferece o essencial de um curso universitário (leituras, exames, notas, interação entre estudantes e certificado de conclusão) por menos de US$ 100 por disciplina. Inicialmente o site está disponibilizando 40 cursos, de Algorítmos à História do Mundo desde 1300, mas a lista deverá ser ampliada consideravelmente nos próximos meses.
Como alternativa, veja aqui uma pequena lista de escolas que dão acesso virtual gratuito a alguns de seus cursos (mas não aos créditos e à glória associada a eles). Na maioria dos casos, elas não oferecem todos os conteúdos necessários para o pleno aproveitamento dos cursos, mas o básico está lá:
MIT – O Massachusetts Institute of Technology, um dos líderes mundiais no desenvolvimento tecnológico, oferece 2.100 cursos, inclusive nas áreas de Biologia e no que eles chamam de Ciências da Terra, do Planeta e da Atmosfera.
Yale – A universidade oferece cursos de Ecologia e Biologia Evolutiva e Estudos Ambientais (que incluem, por exemplo, a íntegra do curso de Política e Legislação Ambiental, ministrado por John Wargo, que já deu consultoria para a Casa Branca e a Organização Mundial da Saúde). Tente também, no YouTube, o curso sobre “A atmosfera, o Oceano e as Mudanças Climáticas”, por Ronald Smith.
Berkeley -Tente este curso no YouTube (ou este outro) sobre legislação e política ligadas às mudanças climáticas, ou este outro, sobre energias renováveis e combustíveis alternativos.
University of Chicago – Veja no YouTube este curso que destrincha o debate sobre aquecimento global.
Você pode encontrar outras opções de cursos nesta lista do website Open Culture. Tente ainda o website Udemy, que oferece milhares de cursos autônomos, muitos grátis, sobre os mais diferentes temas, alguns deles ministrados por professores de grandes universidades. Detalhe: você pode desenvolver o seu próprio curso e oferecê-lo no Udemy, que retribui com um pagamento de cerca de 70% do valor arrecadado junto aos seus usuários. No ano passado, os dez instrutores mais populares receberam, conjuntamente, US$ 1,65 milhão por esse serviço.
A expansão e o barateamento do ensino universitário é um processo sem volta e, a meu ver, excelente, desde que a qualidade do serviço seja alta, com controle de participação e aproveitamento. Este serviço não pode ser uma mera máquina de distribuição de diplomas. Empreendedores brasileiros deveriam começar a trabalhar na nacionalização do modelo, oferecendo cursos ministrados por universidades locais e versões traduzidas dos cursos estrangeiros.[:en]
Andrew Ng, professor-adjunto de Ciências da Computação na Universidade de Stanford, começou a oferecer seus cursos no Coursera, uma recém-lançada plataforma de educação virtual que promete democratizar o ensino universitário, levando-o a qualquer um que tenha acesso a um computador, por uma fração ínfima da anuidade de uma boa universidade (que geralmente vai de US$ 8 mil a US$ 45 mil anuais). “Eu normalmente ensino 400 alunos,” disse Ng, há algumas semanas, a Thomas Friedman, colunista do New York Times. No entanto, graças ao Coursera, ele já ensinou a mais de 100 mil alunos on line. “Antes, se eu quisesse atingir esse número de alunos, teria de lecionar em Stanford por 250 anos”.
Nos últimos anos, várias universidades renomadas liberaram o acesso ao conteúdo de seus cursos (listas de leitura, aulas filmadas, apresentações em powerpoint). A novidade é que, agora, você pode ganhar créditos e exibir as credenciais do filé mignon das universidades americanas, como a Santford de Ng e Princeton, sem sair de sua poltrona e pelo preço de um punhado de livros.
Lançado em abril, o Coursera oferece o essencial de um curso universitário (leituras, exames, notas, interação entre estudantes e certificado de conclusão) por menos de US$ 100 por disciplina. Inicialmente o site está disponibilizando 40 cursos, de Algorítmos à História do Mundo desde 1300, mas a lista deverá ser ampliada consideravelmente nos próximos meses.
Como alternativa, veja aqui uma pequena lista de escolas que dão acesso virtual gratuito a alguns de seus cursos (mas não aos créditos e à glória associada a eles). Na maioria dos casos, elas não oferecem todos os conteúdos necessários para o pleno aproveitamento dos cursos, mas o básico está lá:
MIT – O Massachusetts Institute of Technology, um dos líderes mundiais no desenvolvimento tecnológico, oferece 2.100 cursos, inclusive nas áreas de Biologia e no que eles chamam de Ciências da Terra, do Planeta e da Atmosfera.
Yale – A universidade oferece cursos de Ecologia e Biologia Evolutiva e Estudos Ambientais (que incluem, por exemplo, a íntegra do curso de Política e Legislação Ambiental, ministrado por John Wargo, que já deu consultoria para a Casa Branca e a Organização Mundial da Saúde). Tente também, no YouTube, o curso sobre “A atmosfera, o Oceano e as Mudanças Climáticas”, por Ronald Smith.
Berkeley -Tente este curso no YouTube (ou este outro) sobre legislação e política ligadas às mudanças climáticas, ou este outro, sobre energias renováveis e combustíveis alternativos.
University of Chicago – Veja no YouTube este curso que destrincha o debate sobre aquecimento global.
Você pode encontrar outras opções de cursos nesta lista do website Open Culture. Tente ainda o website Udemy, que oferece milhares de cursos autônomos, muitos grátis, sobre os mais diferentes temas, alguns deles ministrados por professores de grandes universidades. Detalhe: você pode desenvolver o seu próprio curso e oferecê-lo no Udemy, que retribui com um pagamento de cerca de 70% do valor arrecadado junto aos seus usuários. No ano passado, os dez instrutores mais populares receberam, conjuntamente, US$ 1,65 milhão por esse serviço.
A expansão e o barateamento do ensino universitário é um processo sem volta e, a meu ver, excelente, desde que a qualidade do serviço seja alta, com controle de participação e aproveitamento. Este serviço não pode ser uma mera máquina de distribuição de diplomas. Empreendedores brasileiros deveriam começar a trabalhar na nacionalização do modelo, oferecendo cursos ministrados por universidades locais e versões traduzidas dos cursos estrangeiros.