Parte da Flórida, balneário de milionários brasileiros e aposentados vindos de latitudes mais frias, poderá submergir em menos de um século. Pequenas ilhas, praias e comunidades costeiras do sul deste estado americano provavelmente sumirão devido à elevação do nível dos oceanos associada às mudanças climáticas. O impacto sobre a região metropolitana de Miami, que tem mais de 5,5 milhões de habitantes, também será considerável. E uma das previsões mais sombrias é que o Everglades, o gigantesco parque nacional alagado, responsável pelo abastecimento de água potável da região, ficará comprometido devido às incursões da água salgada neste ecossistema já bastante frágil.
O diário The New York Times cita uma pesquisa que indica que 300 mil residências e outras propriedades no valor total de US$ 156 bilhões estão em áreas a menos de 1 metro acima do nível da maré – e poderão ser alagadas em poucas décadas. As águas também deverão cobrir 35 escolas públicas, 4.100 quilômetros de estradas, aterros e estações de tratamento de esgotos.
“Eu acho que as pessoas não se dão conta de como a Flórida é vulnerável”, declarou ao jornal Harold R. Wanless, chefe do Departamento de Geologia da University of Miami. “Temos de acordar para a realidade que vem pela frente.” A península da Flórida, que já sofre com furacões e todo tipo de intempérie tropical, é um dos estados americanos mais vulneráveis ao aquecimento global. Apesar disso, dizem várias fontes ouvidas pelo New York Times, nem o governo estadual nem os empreendedores que investem pequenas fortunas em turismo e imóveis de luxo parecem ter acordado para os riscos. Wanless alerta que simplesmente não há obras de engenharia capazes de segurar a invasão de água salgada que vem por aí. Mas ele diz que dá, pelo menos, para reduzir as perdas, estabelecendo uma moratória nos projetos de construção à beira-mar e estimulando a população a se mudar para o interior da península.[:en]
Parte da Flórida, balneário de milionários brasileiros e aposentados vindos de latitudes mais frias, poderá submergir em menos de um século. Pequenas ilhas, praias e comunidades costeiras do sul deste estado americano provavelmente sumirão devido à elevação do nível dos oceanos associada às mudanças climáticas. O impacto sobre a região metropolitana de Miami, que tem mais de 5,5 milhões de habitantes, também será considerável. E uma das previsões mais sombrias é que o Everglades, o gigantesco parque nacional alagado, responsável pelo abastecimento de água potável da região, ficará comprometido devido às incursões da água salgada neste ecossistema já bastante frágil.
O diário The New York Times cita uma pesquisa que indica que 300 mil residências e outras propriedades no valor total de US$ 156 bilhões estão em áreas a menos de 1 metro acima do nível da maré – e poderão ser alagadas em poucas décadas. As águas também deverão cobrir 35 escolas públicas, 4.100 quilômetros de estradas, aterros e estações de tratamento de esgotos.
“Eu acho que as pessoas não se dão conta de como a Flórida é vulnerável”, declarou ao jornal Harold R. Wanless, chefe do Departamento de Geologia da University of Miami. “Temos de acordar para a realidade que vem pela frente.” A península da Flórida, que já sofre com furacões e todo tipo de intempérie tropical, é um dos estados americanos mais vulneráveis ao aquecimento global. Apesar disso, dizem várias fontes ouvidas pelo New York Times, nem o governo estadual nem os empreendedores que investem pequenas fortunas em turismo e imóveis de luxo parecem ter acordado para os riscos. Wanless alerta que simplesmente não há obras de engenharia capazes de segurar a invasão de água salgada que vem por aí. Mas ele diz que dá, pelo menos, para reduzir as perdas, estabelecendo uma moratória nos projetos de construção à beira-mar e estimulando a população a se mudar para o interior da península.