A crise ambiental é uma oportunidade para reforçar essa questão, que guia os passos da civilização desde o princípio
Por Sérgio Adeodato
Quem sou, de onde vim, para onde vou são três grandes questões que marcam a existência humana desde os primórdios. Não é de hoje que a Filosofia, em suas mais variadas correntes de pensamento, se debruça sobre “identidade”, “origem” e “destino” como temas cruciais de reflexão, traduzidos no modo de agir ao longo da história das civilizações.
A esse tripé soma-se uma quarta dimensão, antiga e atual ao mesmo tempo: “Até onde ir na relação com o outro?”, a pergunta clássica da ética e suas diversas interfaces, inclusive com a ciência e a religião. “Não há como pensar conceitos contemporâneos, como o de sustentabilidade, sem considerar esses limites”, ressalta George Barcat, filósofo e professor de Ética da Associação Palas Athena, em São Paulo.
Na parede da sala principal da instituição, os dizeres do ensaísta e filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940) inspiram a reflexão: “Toda época sonha a seguinte, e ao sonhá-la a faz despertar”. Trata-se de uma jornada intrinsecamente ligada à ética, cujo significado, para Barcat, pode ser resumido em três palavras: “arte da convivência”.
No entanto, o conceito é mais complexo do que se imagina e pode ser entendido sob diferentes pontos de vista. Defini-lo é tão difícil quanto explicar o “tempo” – como dizia Santo Agostinho (354-430), algo que todos conhecemos, mas não sabemos dizer o que é.
Para esse filósofo e teólogo de grande expressão no início do Cristianismo, a ética só fazia sentido associada à figura de Deus, ao amor ao próximo, à caridade e à fraternidade. Antes dele, Aristóteles (384-322 a.C) tratava o tema com ênfase na noção de felicidade, alcançada por uma vida virtuosa, bela e equilibrada. Desde então, ao longo da História da Filosofia, surgiram dezenas de teorias para o “pensar ético”, fronteiriço a vários modos de entender e lidar com a realidade, mas sempre próximo ao conceito de justiça e de bem comum, conforme escreveu Platão na obra A República, no século IV a.C.
“A ética precisa de autonomia para servir e orientar as ciências e as religiões”, afirma Barcat, ao lembrar que esses setores mexem com crenças, medos, incertezas, rupturas, necessidades e sonhos humanos.
Nesse campo, diz ele, há que diferenciar “crendice”, “crença” e “fé”; o exotérico com “X” do esotérico com “S” – este último relativo ao mundo transcendental e à ascética vivenciada por meio de celebrações religiosas, reflexões e desenvolvimento de virtudes.
Para o especialista, cinco verbos representam as diferentes maneiras de o ser humano encarar a realidade: “transcender” o imediato (religião); “expressar” percepções fora da linguagem comum (arte); “explicar” o como e o porquê (ciência); “realizar” planos e projetos (política); e “criticar”, debater os limites e não aceitar as coisas tal como chegam a nós (filosofia). “A ética permeia todos esses verbos, definindo até onde cada um deles pode ir, inclusive o ‘transcender’ da religião e de seus representantes”, explica Barcat.
Segundo ele, não existe religião que não conceba uma ética. Todas propõem um código moral a seus seguidores com o propósito de orientar escolhas e comportamentos cotidianos. “Claro está que as éticas criadas em contextos religiosos ficam atreladas à visão de mundo e doutrinas da qual emanam. Conflitos religiosos, frequentemente, provocam conflitos entre éticas.” No entanto, afirma o filósofo, existem éticas seculares, cujos valores e princípios estão desvinculados de qualquer crença ou prática religiosa, pautando conceitos e proposições em teorias que buscam algum grau de apoio no método científico. “É fácil perceber que existe um número maior de éticas do que de religiões”, acrescenta Barcat.
O conceito de ética está bastante ligado ao de interdependência, e também ao termo “obrigação” – do latim (ob)ligatio. A ligação que temos com certas pessoas impõe limites sobre o que fazemos com elas.
Tal dependência coincide com a lógica da Ecologia, ou seja, com a teia de relações sinérgicas entre ecossistemas e espécies da fauna e flora que permite a manutenção da vida. A visão de mundo holística, na perspectiva do todo e não de suas partes isoladas, constitui hoje a base de conceitos e métodos ligados à sustentabilidade, como economia circular [1] e Avaliação de Ciclo de Vida [2].
[1] Modelo que permite repensar práticas econômicas por meio do design de produtos e sistemas de reciclagem, inspirando-se na própria vida
[2] Ferramenta que mede o impacto ambiental em toda a cadeia produtiva, da matéria-prima até o descarte após o uso do produto
PERSPECTIVA SISTÊMICA
Depois de demonstrar intrigantes paralelos entre as mais antigas tradições místicas e as descobertas da Física no século XX, no best-seller O Tao da Física (1975), o físico austríaco Fritjof Capra prenunciou profundas mudanças na visão do mundo e valores a partir de novos conceitos de espaço e tempo lançados pela ciência. Mais tarde, na década de 1980, no livro O Ponto de Mutação, o autor mostrou como a velha percepção mecanicista da vida aos poucos cedia lugar para uma perspectiva mais sistêmica e abrangente na economia, medicina, psicologia e outras áreas do conhecimento humano.
O I Ching [3] diz: “Ao término de um período de decadência, sobrevém o ponto de mutação. A luz poderosa que fora banida ressurge. Há movimento, mas este não é gerado pela força (…) O movimento é natural, surge espontaneamente (…) O velho é descartado, e o novo é introduzido. Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando daí, portanto, nenhum dano”. Na teoria, o poder da ética como arte do diálogo e mediação das relações humanas se encaixaria perfeitamente no mundo cada vez mais interdependente e conectado em rede, como o atual. “Mas o império do relativismo tem reforçado uma ética da conveniência e não da convivência, com forte viés utilitarista, influenciando também a prática das religiões. Se tudo é relativo e estou ao lado do mais forte, por que tenho que abrir mão de interesses em favor do outro?”, questiona Barcat.
[3] Livro das Mutações, um dos mais antigos textos chineses, estudado como oráculo ou livro de sabedoria
“Só pelo fair game ou pela força dos valores éticos no sentido abstrato, o indivíduo não consegue hoje adaptar o comportamento a padrões, necessitando de normas de conduta para orientação da vida na prática”, concorda o filósofo Franklin Leopoldo e Silva, professor aposentado da Universidade de São Paulo, hoje especialista em História da Filosofia na Faculdade de São Bento, em São Paulo. Para ele, os chamados “valores universais” [4] – amor, cooperação, felicidade, honestidade, humildade, liberdade, paz, respeito, responsabilidade, simplicidade, tolerância, união – perderam força na realidade do cotidiano.
[4] Pilares da convivência entre cidadãos de todo o mundo, definidos em 1948 pela Declaração Universal dos Direitos Humanos
Uma das explicações, em sua análise, está diretamente ligada às religiões: “Na passagem da Idade Média para a Moderna, quando o ser humano transferiu o poder de Deus para si próprio, os valores deixaram de ter um fundamento transcendental e se tornaram mais relativos e frágeis”.
Como a fonte não está mais na metafísica [5], a norma ficou a cargo de um ou mais indivíduos, do governo ou de determinado partido ou facção religiosa. “Padrões éticos são hoje pautados pela ciência, pela tecnologia e pelo crescimento econômico, sendo assim susceptíveis de mudanças ao sabor desses interesses”, diz Silva. “É possível uma ética fundada no individualismo e da subversão da ordem natural do planeta pela tecnologia e produção?”, pergunta o filósofo.
[5] Ramo da Filosofia que investiga a essência do mundo e as realidades que transcendem a experiência dos sentidos
Ele lembra que “algumas religiões mantêm valores tradicionais, enquanto outras se adaptaram ao atual modelo de prosperidade a qualquer custo e abrem mão da ética para não se distanciar dos adeptos”.
Em sua visão “o critério ético ficou tão desgastado que nada supera a perspectiva do lucro. As vozes resistentes não conseguem sensibilizar a sociedade, na qual o indivíduo é hoje como um empreendimento”. Dessa forma, completa Silva, “com a centralidade do homem em si mesmo, o solidário e o comunitário ficam em segundo plano”. Ele pergunta: “Onde está a identidade humana”?
O antropocentrismo, segundo o professor, não está sustentando adequadamente o próprio indivíduo, com reflexo no alto índice de depressão e insegurança e na necessidade de autoajuda. Isso em falar dos impactos ambientais, causados pelas atividades antrópicas, como o aquecimento global, que coloca o planeta em xeque-mate. Uma encíclica do papa Francisco sobre o tema teria o poder de reduzir o abismo entre Igreja Católica e seus fiéis e fortaleceria o debate e as negociações globais sobre o controle da mudança climática. “Resta saber se a iniciativa será incorporada na prática pela sociedade ou se ficará apenas no texto da encíclica”, pondera Silva.
Agir eticamente não é fazer tudo que se deseja e extrair recursos do planeta sem pensar nas futuras gerações. Para o filósofo, diante da atual fragilidade dos princípios éticos incorporados pelas religiões, o debate levantado pelo Vaticano é uma incógnita.
Entre tantos conceitos, a ética exige também coerência. Pode até ser caretice quando nossos pais e avós falam sobre a necessidade de estabelecer limites e não fazer com os outros o que não gostaríamos que fizessem conosco. Mas eles têm razão. E não é problema de cometer ou não pecado. A questão agora é de sustentabilidade.
[:en]A crise ambiental é uma oportunidade para reforçar essa questão, que guia os passos da civilização desde o princípio
Quem sou, de onde vim, para onde vou são três grandes questões que marcam a existência humana desde os primórdios. Não é de hoje que a Filosofia, em suas mais variadas correntes de pensamento, se debruça sobre “identidade”, “origem” e “destino” como temas cruciais de reflexão, traduzidos no modo de agir ao longo da história das civilizações.
A esse tripé soma-se uma quarta dimensão, antiga e atual ao mesmo tempo: “Até onde ir na relação com o outro?”, a pergunta clássica da ética e suas diversas interfaces, inclusive com a ciência e a religião. “Não há como pensar conceitos contemporâneos, como o de sustentabilidade, sem considerar esses limites”, ressalta George Barcat, filósofo e professor de Ética da Associação Palas Athena, em São Paulo.
Na parede da sala principal da instituição, os dizeres do ensaísta e filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940) inspiram a reflexão: “Toda época sonha a seguinte, e ao sonhá-la a faz despertar”. Trata-se de uma jornada intrinsecamente ligada à ética, cujo significado, para Barcat, pode ser resumido em três palavras: “arte da convivência”.
No entanto, o conceito é mais complexo do que se imagina e pode ser entendido sob diferentes pontos de vista. Defini-lo é tão difícil quanto explicar o “tempo” – como dizia Santo Agostinho (354-430), algo que todos conhecemos, mas não sabemos dizer o que é.
Para esse filósofo e teólogo de grande expressão no início do Cristianismo, a ética só fazia sentido associada à figura de Deus, ao amor ao próximo, à caridade e à fraternidade. Antes dele, Aristóteles (384-322 a.C) tratava o tema com ênfase na noção de felicidade, alcançada por uma vida virtuosa, bela e equilibrada. Desde então, ao longo da História da Filosofia, surgiram dezenas de teorias para o “pensar ético”, fronteiriço a vários modos de entender e lidar com a realidade, mas sempre próximo ao conceito de justiça e de bem comum, conforme escreveu Platão na obra A República, no século IV a.C.
“A ética precisa de autonomia para servir e orientar as ciências e as religiões”, afirma Barcat, ao lembrar que esses setores mexem com crenças, medos, incertezas, rupturas, necessidades e sonhos humanos.
Nesse campo, diz ele, há que diferenciar “crendice”, “crença” e “fé”; o exotérico com “X” do esotérico com “S” – este último relativo ao mundo transcendental e à ascética vivenciada por meio de celebrações religiosas, reflexões e desenvolvimento de virtudes.
Para o especialista, cinco verbos representam as diferentes maneiras de o ser humano encarar a realidade: “transcender” o imediato (religião); “expressar” percepções fora da linguagem comum (arte); “explicar” o como e o porquê (ciência); “realizar” planos e projetos (política); e “criticar”, debater os limites e não aceitar as coisas tal como chegam a nós (filosofia). “A ética permeia todos esses verbos, definindo até onde cada um deles pode ir, inclusive o ‘transcender’ da religião e de seus representantes”, explica Barcat.
Segundo ele, não existe religião que não conceba uma ética. Todas propõem um código moral a seus seguidores com o propósito de orientar escolhas e comportamentos cotidianos. “Claro está que as éticas criadas em contextos religiosos ficam atreladas à visão de mundo e doutrinas da qual emanam. Conflitos religiosos, frequentemente, provocam conflitos entre éticas.” No entanto, afirma o filósofo, existem éticas seculares,
cujos valores e princípios estão desvinculados de qualquer crença ou prática religiosa, pautando conceitos e proposições em teorias que buscam algum grau de apoio no método científico. “É fácil perceber que existe um número maior de éticas do que de religiões”, acrescenta Barcat.
O conceito de ética está bastante ligado ao de interdependência, e também ao termo “obrigação” – do latim (ob)ligatio. A ligação que temos com certas pessoas impõe limites sobre o que fazemos com elas.
Tal dependência coincide com a lógica da Ecologia, ou seja, com a teia de relações sinérgicas entre ecossistemas e espécies da fauna e flora que permite a manutenção da vida. A visão de mundo holística, na perspectiva do todo e não de suas partes isoladas, constitui hoje a base de conceitos e métodos ligados à sustentabilidade, como economia circular [1] e Avaliação de Ciclo de Vida [2].
[1] Modelo que permite repensar práticas econômicas por meio do design de produtos e sistemas de reciclagem, inspirando-se na própria vida
[2] Ferramenta que mede o impacto ambiental em toda a cadeia produtiva, da matéria-prima até o descarte após o uso do produto
PERSPECTIVA SISTÊMICA
Depois de demonstrar intrigantes paralelos entre as mais antigas tradições místicas e as descobertas da Física no século XX, no best-seller O Tao da Física (1975), o físico austríaco Fritjof Capra prenunciou profundas mudanças na visão do mundo e valores a partir de novos conceitos de espaço e tempo lançados pela ciência. Mais tarde, na década de 1980, no livro O Ponto de Mutação, o autor mostrou como a velha percepção mecanicista da vida aos poucos cedia lugar para uma perspectiva mais sistêmica e abrangente na economia, medicina, psicologia e outras áreas do conhecimento humano.
O I Ching [3] diz: “Ao término de um período de decadência, sobrevém o ponto de mutação. A luz poderosa que fora banida ressurge. Há movimento, mas este não é gerado pela força (…) O movimento é natural, surge espontaneamente (…) O velho é descartado, e o novo é introduzido. Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando daí, portanto, nenhum dano”. Na teoria, o poder da ética como arte do diálogo e mediação das relações humanas se encaixaria perfeitamente no mundo cada vez mais interdependente e conectado em rede, como o atual. “Mas o império do relativismo tem reforçado uma ética da conveniência e não da convivência, com forte viés utilitarista, influenciando também a prática das religiões. Se tudo é relativo e estou ao lado do mais forte, por que tenho que abrir mão de interesses em favor do outro?”, questiona Barcat.
[3] Livro das Mutações, um dos mais antigos textos chineses, estudado como oráculo ou livro de sabedoria
“Só pelo fair game ou pela força dos valores éticos no sentido abstrato, o indivíduo não consegue hoje adaptar o comportamento a padrões, necessitando de normas de conduta para orientação da vida na prática”, concorda o filósofo Franklin Leopoldo e Silva, professor aposentado da Universidade de São Paulo, hoje especialista em História da Filosofia na Faculdade de São Bento, em São Paulo. Para ele, os chamados “valores universais” [4] – amor, cooperação, felicidade, honestidade, humildade, liberdade, paz, respeito, responsabilidade, simplicidade, tolerância, união – perderam força na realidade do cotidiano.
[4] Pilares da convivência entre cidadãos de todo o mundo, definidos em 1948 pela Declaração Universal dos Direitos Humanos
Uma das explicações, em sua análise, está diretamente ligada às religiões: “Na passagem da Idade Média para a Moderna, quando o ser humano transferiu o poder de Deus para si próprio, os valores deixaram de ter um fundamento transcendental e se tornaram mais relativos e frágeis”.
Como a fonte não está mais na metafísica [5], a norma ficou a cargo de um ou mais indivíduos, do governo ou de determinado partido ou facção religiosa. “Padrões éticos são hoje pautados pela ciência, pela tecnologia e pelo crescimento econômico, sendo assim susceptíveis de mudanças ao sabor desses interesses”, diz Silva. “É possível uma ética fundada no individualismo e da subversão da ordem natural do planeta pela tecnologia e produção?”, pergunta o filósofo.
[5] Ramo da Filosofia que investiga a essência do mundo e as realidades que transcendem a experiência dos sentidos
Ele lembra que “algumas religiões mantêm valores tradicionais, enquanto outras se adaptaram ao atual modelo de prosperidade a qualquer custo e abrem mão da ética para não se distanciar dos adeptos”.
Em sua visão “o critério ético ficou tão desgastado que nada supera a perspectiva do lucro. As vozes resistentes não conseguem sensibilizar a sociedade, na qual o indivíduo é hoje como um empreendimento”. Dessa forma, completa Silva, “com a centralidade do homem em si mesmo, o solidário e o comunitário ficam em segundo plano”. Ele pergunta: “Onde está a identidade humana”?
O antropocentrismo, segundo o professor, não está sustentando adequadamente o próprio indivíduo, com reflexo no alto índice de depressão e insegurança e na necessidade de autoajuda. Isso em falar dos impactos ambientais, causados pelas atividades antrópicas, como o aquecimento global, que coloca o planeta em xeque-mate. Uma encíclica do papa Francisco sobre o tema teria o poder de reduzir o abismo entre Igreja Católica e seus fiéis e fortaleceria o debate e as negociações globais sobre o controle da mudança climática. “Resta saber se a iniciativa será incorporada na prática pela sociedade ou se ficará apenas no texto da encíclica”, pondera Silva.
Agir eticamente não é fazer tudo que se deseja e extrair recursos do planeta sem pensar nas futuras gerações. Para o filósofo, diante da atual fragilidade dos princípios éticos incorporados pelas religiões, o debate levantado pelo Vaticano é uma incógnita.
Entre tantos conceitos, a ética exige também coerência. Pode até ser caretice quando nossos pais e avós falam sobre a necessidade de estabelecer limites e não fazer com os outros o que não gostaríamos que fizessem conosco. Mas eles têm razão. E não é problema de cometer ou não pecado. A questão agora é de sustentabilidade.