Longe dos grandes centros regionais, jovens egressos de universidades e instituições tecnológicas esbanjam criatividade e esforços de inovação e empreendedorismo. Fomos a campo, no chão na floresta, encontrar quem faz a diferença para inovar, desenvolver a sociobioeconomia na prática e construir um novo paradigma diferente da pobreza e do desmatamento. Voltamos com muitas histórias para contar
As belas imagens do Rio Amazonas capturadas do espaço pela agência americana Nasa viralizaram neste mês de julho na internet. São cenas impressionantes que mostram a água como uma fina linha dourada – provavelmente no pôr do sol – serpenteando a maior floresta tropical do planeta. Visto assim do cosmos, a partir da Estação Espacial Internacional, tudo parece uma imensa tapeçaria verde com nuvens que flutuam acima de uma paisagem vazia, desabitada. Uma obra de arte.
Cá embaixo, porém, o majestoso rio mostra uma vida pulsante que movimenta a economia, a cultura, a ciência, o uso do conhecimento por uma nova geração de talentos – invisíveis, não só nas imagens de satélite, como no imaginário de quem nunca adentrou a floresta para ver onde a sociobiodiversidade acontece.
Longe dos grandes centros regionais, jovens egressos de universidades e instituições tecnológicas esbanjam criatividade e esforços de inovação e empreendedorismo. Buscam soluções para o futuro sustentável. Sonhos, expectativas de prosperidade. Uma Amazônia desconhecida pela maioria dos brasileiros que a Página22 mostrará em breve no projeto de reportagem conduzido por Sérgio Adeodato, desmistificando a imagem distorcida da floresta como um grande vazio científico, incapacitada de solucionar os próprios problemas.
Seguimos o mapa (oculto) da inovação. Fomos a campo, com os pés no chão, encontrar quem faz a diferença para inovar, desenvolver a sociobioeconomia na prática e construir um novo paradigma diferente da pobreza e do desmatamento. Voltamos com muitas histórias a contar.
“Nossa ação transforma o chão da Amazônia em laboratório vivo de empreendedorismo socioambiental. Aqui, juventudes lideram experimentações que aliam dados, práticas coletivas e impacto transformador, em uma região de tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru) marcada pela interculturalidade entre comunidades e povos tradicionais”
– Pedro Mariosa, professor do Instituto Natureza e Cultura (INC-Ufam) e diretor da Incubadora de Negócios de Impacto Socioambiental do Alto Solimões (InPACTAS), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Benjamin Constant (AM)
Parceira do projeto na Página22, ao lado do Idesam, Impact Hub Manaus, Grupo Bemol e Agência Rhisa, a InPACTAS reúne jovens empreendedores que participarão da Expo Favela Innovation Amazonas 2025, a ser realizada em 2 e 3 de agosto pela Central Única das Favelas, em Manaus. São eles: Joseney dos Santos (startup Kaweru), Sthefane Gonçalves (Fluviverde), Francisco Adriano (Ingalate) e Andreza Hilario (Iporã), personagens da nossa incursão na região fronteiriça.
O que fazem? Como pensam? Em que inovam? Acompanhe o conteúdo especial que estamos preparando com esses e outros talentos que florescem na Amazônia profunda. Novos spoilers vêm aí.