Para combater a obesidade em um país em que 36% dos adultos (cerca de 78 milhões de pessoas) está acima do peso, muitas escolas dos Estados Unidos restringiram a venda de produtos considerados não saudáveis, como salgadinhos, biscoitos e refrigerantes. As leis estaduais foram criticadas como sendo uma privação de liberdade, mas se mostraram eficazes, segundo um estudo publicado em agosto pelo periódico Pediatrics.
Em 40 estados, foram comparados o peso e altura de 6.300 alunos em dois períodos: em 2004, quando estavam na quinta série, e em 2007, quando cursavam a oitava. Ao mesmo tempo, a equipe de pesquisadores analisou as leis estaduais de nutrição em escolas. Muitas baniram totalmente a venda das chamadas junk foods e adotaram nas cantinas produtos mais naturais. Nos estados com leis consideradas muito rígidas, as crianças engordaram menos.
Na primeira etapa da pesquisa, 39% das crianças estavam acima do peso e 21% eram consideradas obesas. Em 2007, a taxa de sobrepeso caiu para 34%, e a de obesidade para 18%. Os nomes dos estados não foram divulgados devido a leis que protegem a identidade dos estudantes pesquisados.
Hoje, 17% da população americana é obesa, um problema já considerado de saúde pública. Um estudo divulgado em maio pela Universidade de Duke, na Carolina do Norte, apontou que, em 2030, 42% da população nos EUA estará obesa se o atual modelo de nutrição for mantido.
Mais sobre obesidade na Análise “O sobrepeso humano”, edição 65.