Por Magali Cabral
Depois do papa Francisco, que em junho lançou a encíclica Louvado Sejas, agora foi a vez de líderes islâmicos entrarem no combate à mudança do clima. Em agosto foi divulgada a Declaração Islâmica pelo Clima em que os religiosos convocam os islâmicos – 1,6 bilhão em todo o mundo – a assumirem um papel ativo em relação à mudança climática. A proposta é que governos de todo o mundo adotem um acordo na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), em Paris, no fim deste ano.
A carta sugere ainda que os países ricos invistam em atividades de baixo carbono e auxiliem as nações em desenvolvimento com a tecnologia necessária para a descarbonização de suas economias. A estratégia deve ser a de zerar as emissões de gases-estufa até 2050. “Nós estamos em perigo de acabar com a vida tal como a conhecemos em nosso planeta”, diz o documento. “A taxa atual de mudança do clima não pode ser sustentada, e o equilíbrio da Terra pode em breve ser perdido.”
Durante simpósio em Istambul, na Turquia, em que o documento foi divulgado, centenas de rabinos também apresentaram a sua carta sobre a crise climática. E, segundo a Convenção das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, até o fim do ano líderes hinduístas e budistas pretendem também anunciar suas declarações.