O país que sediará os megaeventos esportivos almeja medalhas e troféus de grandes atletas. Mas ainda precisa desenvolver nas escolas a coordenação, a consciência corporal, a noção de bem-estar e a justa medida entre competição e colaboração
Bola na rede é gol. Toda criança na escola sabe. Mas e quando não há bola de futebol ou quadra esportiva? E quando o professor de Educação Física é despreparado? Aí, não só o time de futebol perde pontos, mas também o de vôlei e os alunos que querem fazer atletismo ou lutas marciais.
O país que será sede dos próximos megaeventos esportivos sonha em levantar a taça da Copa do Mundo e estar nas primeiras posições no ranking de medalhas olímpicas. Mas ainda tem muito trabalho pela frente quando o assunto é educação corporal nas escolas. Os problemas vão da escassez de docentes para a disciplina de Educação Física até a falta de infraestrutura, de material e mesmo de uma proposta pedagógica que promova a educação do corpo.
Essa educação é mais que o primeiro passo para as crianças descobrirem o gosto pelas práticas físicas e seus benefícios e, quem sabe um dia, profissionalizar-se. É crucial para o desenvolvimento da coordenação motora, da consciência corporal e da noção de saúde e bem-estar. Assim como para a prática de valores como o espírito esportivo, o fair play e a busca da justa medida entre competição e colaboração. As instituições de ensino devem proporcionar essas experiências pensando na educação como um todo e não apenas no sonho de achar atletas que batam recordes olímpicos – isso cabe aos clubes.
Hoje, 90% das escolas brasileiras oferecem aulas de Educação Física, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mas o cenário não é otimista ao se analisar a infraestrutura para essas aulas. O Censo Escolar de 2010 aponta que apenas 27% das escolas públicas e particulares de anos iniciais do Ensino Fundamental têm quadras de esportes. Nas de anos finais, a taxa sobe para 55% e melhora um pouco mais entre as instituições de Ensino Médio, com média de 74%.
Uma pesquisa feita pelo Ibope, encomendada pela ONG Atletas pela Cidadania, o Instituto Ayrton Senna e o Instituto Votorantim, mostra dados ainda mais impactantes: 30% das escolas públicas brasileiras não têm nenhum espaço para a aula de Educação Física – uma quadra poliesportiva, uma quadra comunitária ou um pátio. Treze por cento das escolas não têm sequer uma bola de futebol e 56% não contam com colchões para ginástica. Para o levantamento, lançado em 2012, foram ouvidos professores e diretores de 450 instituições em todas as regiões do País.
A eles foi questionado se a Educação Física é tratada da mesma forma que outras disciplinas. As respostas mostram diferentes visões entre os educadores: 87% dos diretores disseram que sim, enquanto a taxa de concordância entre professores foi de 71%.
Falhas pedagógicas não são exclusivas da rede pública. Marcos Garcia Neira, professor associado da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (Feusp) na área de Educação Física Escolar, aponta que alguns colégios particulares se livram da responsabilidade ao assinar convênios com academias para que os alunos façam lá as aulas. “Trabalhei em uma na qual o espaço para as aulas de Educação Física era um quintal”, conta.
ALÉM DA BOLA NA REDE
A maior parte das escolas centra-se em práticas esportivas de equipe, como se Educação Física fosse sinônimo de jogar bola. Reinaldo Pacheco, professor de Lazer e Turismo e participante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Gestão do Esporte da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP), chama isso de “esportivização” da disciplina. “A Educação Física compreende conteúdos que têm de ser respeitados e uma diversidade de atividades motoras com as quais os alunos devem ter contato. Limitar a aula ao esporte é como ensinar matemática somente pela álgebra.” Assim, os educadores precisam oferecer práticas como brincadeiras, danças, ginásticas, artes marciais e esportes. É possível também incluir análises críticas dessas práticas em aulas teóricas e debates. [1]
Segundo Pacheco, o nível limitado de formação dos educadores explica a confusão reinante entre a disciplina Educação Física e práticas esportivas. A pesquisa do Ibope mencionada anteriormente revela que existe um déficit de docentes qualificados e uma desigualdade regional.
Até os profissionais diplomados passam por universidades falhas, aponta Neira. “Alguns cursos de licenciatura em Educação Física, por estranho que pareça, não têm como eixo central a formação de professores para educação básica. As temáticas alinham-se à preparação do bacharel que vai trabalhar em academias e clubes. São universitários que não encontram o mercado de trabalho que imaginavam e passam a dar aulas como se estivessem em uma escolinha de esportes ou em um evento de recreação”, observa.
Esses professores ficam aquém do que pretende a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) [2]. Segundo a lei, a aulas de Educação Física devem estar integradas às linhas pedagógicas da escola e cabe aos docentes criar propostas em convergência com outras disciplinas.
[1] Entre os entrevistados, 44% possuíam pósgraduação e outros 36%, licenciatura. Contudo, 6% pararam de estudar após terminar o Ensino Médio. Desses professores com baixa escolaridade, 82% estavam na área rural e 72%, no Nordeste
[2] Lei nº 9.394, promulgada em dezembro de 1996 (a terceira LDB da História brasileira)
Felizmente, aponta Neira, há escolas que já estão na linha de frente dessa política educacional. Ele orienta uma linha de pesquisa com um grupo de professores das redes municipais e estadual da Região Metropolitana de São Paulo que voluntariamente adotaram o chamado “Currículo Cultural de Educação Física”. O objetivo é incluir no currículo escolar práticas corporais que envolvam o patrimônio cultural de diversos grupos sociais. As aulas com danças, por exemplo, abordam o balé e o funk, há brincadeiras antigas e atuais e espaço para jogos eletrônicos e tradicionais. Esse contato diverso forma estudantes mais sensíveis e respeitosos às diferenças culturais e de identidade.
[3] No site do Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar, há vários artigos e relatos sobre experiências didáticas na área.
DEPOIS DO SINAL
Se durante o turno escolar é importante haver diversidade de atividades, depois desse período os alunos são livres para escolher e se dedicar às práticas preferidas. É nesse contexto de complementar as jornadas que há espaço para iniciativas do Terceiro Setor e programas de governos.
Um deles é o Segundo Tempo, parceria do Ministério do Esporte com o Ministério da Educação, municípios e estados. As escolas participantes viabilizam espaços esportivos próprios ou de terceiros para que monitores realizem atividades esportivas e de lazer com jovens e crianças que se inscrevem previamente. Desde 2009, podem receber o programa as escolas que já fazem parte do Mais Educação [4]. O Segundo Tempo foi citado no dossiê de candidatura do Brasil aos Jogos Olímpicos de 2016 como um dos legados sociais esportivos.
[4] O Programa Mais Educação (PME) desde 2007 oferece nas escolas públicas atividades optativas que abrangem temáticas como meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educação científica e econômica
Segundo dados do Ministério do Esporte, em 2012, o programa atingiu mais de 5 mil escolas em 826 municípios em todos os estados do País. Este ano, as crianças atendidas já chegam a mais de 1,5 milhão. Pacheco avalia bem tal iniciativa: “É uma boa forma de aproveitar o contraturno, uma vez que não temos escolas públicas integrais”, diz.
Para disseminar o gosto pela cultura esportiva, o governo federal lançou o projeto Atleta na Escola. Ao longo do ano, competições escolares de atletismo serão organizadas nos níveis municipal, estadual e nacional. No discurso de lançamento, em 7 de maio, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), afirmou que essa é uma chance para encontrar potenciais olímpicos nas escolas. Jovens poderão ser selecionados para treinamento visando o alto rendimento. Ainda não há, entretanto, uma definição de como isso ocorrerá. Pacheco vê a iniciativa com cautela. “O que garante que o professor não vai separar os alunos e gastar o tempo da aula para treinar um time para representar a escola?”
Ao almejar medalhas, troféus e lugares em pódios, o País deve tomar cuidado para não ganhar com isso lugares vagos nas salas de aulas. Um dos efeitos colaterais do sonho de ser atleta ou jogador é a necessidade de mudar de cidade ou bairro para treinar. “É problema comprovado que meninos deixam a escola para se dedicar apenas para ser jogador de futebol ou atletas olímpicos. E aí é preciso fazer uma escolha entre estudar, treinar ou trabalhar”, diz Sergio Andrade, professor de Educação Física e coordenador do projeto Jogo Aberto da Fundação Gol de Letra (leia mais em “Como fazer do esporte o meio e não a finalidade“).
Para evitar a perda de talentos, o governo precisaria estender o Programa Bolsa Atleta, hoje concedido apenas aos que já ganharam títulos ou ficaram em segundo e terceiro lugares em competições, o que gera uma elite já pré-treinada. Sem isso, não adiantaria achar talentos nas escolas que não terão como se desenvolver.
“A aproximação dos Jogos e da Copa desperta o interesse pelas atividades esportivas e cria uma massa crítica de espectadores. A escola é um espaço privilegiado para a promoção da prática das modalidades esportivas e para conhecer melhor e de forma crítica o todo que o esporte envolve”, diz Rejane Penna Rodrigues, que foi secretária Nacional de Desenvolvimento de Esporte e Lazer do Ministério do Esporte e é diretora de Operações e Serviço da Autoridade Pública Olímpica (APO).
Para ficar com o troféu de Educação Física Escolar, o Brasil ainda tem muito treino pela frente.[:en]O país que sediará os megaeventos esportivos almeja medalhas e troféus de grandes atletas. Mas ainda precisa desenvolver nas escolas a coordenação, a consciência corporal, a noção de bem-estar e a justa medida entre competição e colaboração
Bola na rede é gol. Toda criança na escola sabe. Mas e quando não há bola de futebol ou quadra esportiva? E quando o professor de Educação Física é despreparado? Aí, não só o time de futebol perde pontos, mas também o de vôlei e os alunos que querem fazer atletismo ou lutas marciais.
O país que será sede dos próximos megaeventos esportivos sonha em levantar a taça da Copa do Mundo e estar nas primeiras posições no ranking de medalhas olímpicas. Mas ainda tem muito trabalho pela frente quando o assunto é educação corporal nas escolas. Os problemas vão da escassez de docentes para a disciplina de Educação Física até a falta de infraestrutura, de material e mesmo de uma proposta pedagógica que promova a educação do corpo.
Essa educação é mais que o primeiro passo para as crianças descobrirem o gosto pelas práticas físicas e seus benefícios e, quem sabe um dia, profissionalizar-se. É crucial para o desenvolvimento da coordenação motora, da consciência corporal e da noção de saúde e bem-estar. Assim como para a prática de valores como o espírito esportivo, o fair play e a busca da justa medida entre competição e colaboração. As instituições de ensino devem proporcionar essas experiências pensando na educação como um todo e não apenas no sonho de achar atletas que batam recordes olímpicos – isso cabe aos clubes.
Hoje, 90% das escolas brasileiras oferecem aulas de Educação Física, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Mas o cenário não é otimista ao se analisar a infraestrutura para essas aulas. O Censo Escolar de 2010 aponta que apenas 27% das escolas públicas e particulares de anos iniciais do Ensino Fundamental têm quadras de esportes. Nas de anos finais, a taxa sobe para 55% e melhora um pouco mais entre as instituições de Ensino Médio, com média de 74%.
Uma pesquisa feita pelo Ibope, encomendada pela ONG Atletas pela Cidadania, o Instituto Ayrton Senna e o Instituto Votorantim, mostra dados ainda mais impactantes: 30% das escolas públicas brasileiras não têm nenhum espaço para a aula de Educação Física – uma quadra poliesportiva, uma quadra comunitária ou um pátio. Treze por cento das escolas não têm sequer uma bola de futebol e 56% não contam com colchões para ginástica. Para o levantamento, lançado em 2012, foram ouvidos professores e diretores de 450 instituições em todas as regiões do País.
A eles foi questionado se a Educação Física é tratada da mesma forma que outras disciplinas. As respostas mostram diferentes visões entre os educadores: 87% dos diretores disseram que sim, enquanto a taxa de concordância entre professores foi de 71%.
Falhas pedagógicas não são exclusivas da rede pública. Marcos Garcia Neira, professor associado da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (Feusp) na área de Educação Física Escolar, aponta que alguns colégios particulares se livram da responsabilidade ao assinar convênios com academias para que os alunos façam lá as aulas. “Trabalhei em uma na qual o espaço para as aulas de Educação Física era um quintal”, conta.
ALÉM DA BOLA NA REDE
A maior parte das escolas centra-se em práticas esportivas de equipe, como se Educação Física fosse sinônimo de jogar bola. Reinaldo Pacheco, professor de Lazer e Turismo e participante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Gestão do Esporte da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP), chama isso de “esportivização” da disciplina. “A Educação Física compreende conteúdos que têm de ser respeitados e uma diversidade de atividades motoras com as quais os alunos devem ter contato. Limitar a aula ao esporte é como ensinar matemática somente pela álgebra.” Assim, os educadores precisam oferecer práticas como brincadeiras, danças, ginásticas, artes marciais e esportes. É possível também incluir análises críticas dessas práticas em aulas teóricas e debates. [1]
Segundo Pacheco, o nível limitado de formação dos educadores explica a confusão reinante entre a disciplina Educação Física e práticas esportivas. A pesquisa do Ibope mencionada anteriormente revela que existe um déficit de docentes qualificados e uma desigualdade regional.
Até os profissionais diplomados passam por universidades falhas, aponta Neira. “Alguns cursos de licenciatura em Educação Física, por estranho que pareça, não têm como eixo central a formação de professores para educação básica. As temáticas alinham-se à preparação do bacharel que vai trabalhar em academias e clubes. São universitários que não encontram o mercado de trabalho que imaginavam e passam a dar aulas como se estivessem em uma escolinha de esportes ou em um evento de recreação”, observa.
Esses professores ficam aquém do que pretende a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) [2]. Segundo a lei, a aulas de Educação Física devem estar integradas às linhas pedagógicas da escola e cabe aos docentes criar propostas em convergência com outras disciplinas.
[1] Entre os entrevistados, 44% possuíam pósgraduação e outros 36%, licenciatura. Contudo, 6% pararam de estudar após terminar o Ensino Médio. Desses professores com baixa escolaridade, 82% estavam na área rural e 72%, no Nordeste
[2] Lei nº 9.394, promulgada em dezembro de 1996 (a terceira LDB da História brasileira)
Felizmente, aponta Neira, há escolas que já estão na linha de frente dessa política educacional. Ele orienta uma linha de pesquisa com um grupo de professores das redes municipais e estadual da Região Metropolitana de São Paulo que voluntariamente adotaram o chamado “Currículo Cultural de Educação Física”. O objetivo é incluir no currículo escolar práticas corporais que envolvam o patrimônio cultural de diversos grupos sociais. As aulas com danças, por exemplo, abordam o balé e o funk, há brincadeiras antigas e atuais e espaço para jogos eletrônicos e tradicionais. Esse contato diverso forma estudantes mais sensíveis e respeitosos às diferenças culturais e de identidade.
[3] No site do Grupo de Pesquisas em Educação Física Escolar, há vários artigos e relatos sobre experiências didáticas na área.
DEPOIS DO SINAL
Se durante o turno escolar é importante haver diversidade de atividades, depois desse período os alunos são livres para escolher e se dedicar às práticas preferidas. É nesse contexto de complementar as jornadas que há espaço para iniciativas do Terceiro Setor e programas de governos.
Um deles é o Segundo Tempo, parceria do Ministério do Esporte com o Ministério da Educação, municípios e estados. As escolas participantes viabilizam espaços esportivos próprios ou de terceiros para que monitores realizem atividades esportivas e de lazer com jovens e crianças que se inscrevem previamente. Desde 2009, podem receber o programa as escolas que já fazem parte do Mais Educação [4]. O Segundo Tempo foi citado no dossiê de candidatura do Brasil aos Jogos Olímpicos de 2016 como um dos legados sociais esportivos.
[4] O Programa Mais Educação (PME) desde 2007 oferece nas escolas públicas atividades optativas que abrangem temáticas como meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educação científica e econômica
Segundo dados do Ministério do Esporte, em 2012, o programa atingiu mais de 5 mil escolas em 826 municípios em todos os estados do País. Este ano, as crianças atendidas já chegam a mais de 1,5 milhão. Pacheco avalia bem tal iniciativa: “É uma boa forma de aproveitar o contraturno, uma vez que não temos escolas públicas integrais”, diz.
Para disseminar o gosto pela cultura esportiva, o governo federal lançou o projeto Atleta na Escola. Ao longo do ano, competições escolares de atletismo serão organizadas nos níveis municipal, estadual e nacional. No discurso de lançamento, em 7 de maio, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), afirmou que essa é uma chance para encontrar potenciais olímpicos nas escolas. Jovens poderão ser selecionados para treinamento visando o alto rendimento. Ainda não há, entretanto, uma definição de como isso ocorrerá. Pacheco vê a iniciativa com cautela. “O que garante que o professor não vai separar os alunos e gastar o tempo da aula para treinar um time para representar a escola?”
Ao almejar medalhas, troféus e lugares em pódios, o País deve tomar cuidado para não ganhar com isso lugares vagos nas salas de aulas. Um dos efeitos colaterais do sonho de ser atleta ou jogador é a necessidade de mudar de cidade ou bairro para treinar. “É problema comprovado que meninos deixam a escola para se dedicar apenas para ser jogador de futebol ou atletas olímpicos. E aí é preciso fazer uma escolha entre estudar, treinar ou trabalhar”, diz Sergio Andrade, professor de Educação Física e coordenador do projeto Jogo Aberto da Fundação Gol de Letra (leia mais em “Como fazer do esporte o meio e não a finalidade“).
Para evitar a perda de talentos, o governo precisaria estender o Programa Bolsa Atleta, hoje concedido apenas aos que já ganharam títulos ou ficaram em segundo e terceiro lugares em competições, o que gera uma elite já pré-treinada. Sem isso, não adiantaria achar talentos nas escolas que não terão como se desenvolver.
“A aproximação dos Jogos e da Copa desperta o interesse pelas atividades esportivas e cria uma massa crítica de espectadores. A escola é um espaço privilegiado para a promoção da prática das modalidades esportivas e para conhecer melhor e de forma crítica o todo que o esporte envolve”, diz Rejane Penna Rodrigues, que foi secretária Nacional de Desenvolvimento de Esporte e Lazer do Ministério do Esporte e é diretora de Operações e Serviço da Autoridade Pública Olímpica (APO).
Para ficar com o troféu de Educação Física Escolar, o Brasil ainda tem muito treino pela frente.