Remunerar comunidades indígenas e tradicionais pelo serviço de proteger o capital natural brasileiro representaria uma revolução econômica, cultural e ambiental sem precedentes no planeta, já dizia Mary Allegretti em 2006. Para a antropóloga, somente uma política inovadora especificamente formulada para remunerar um serviço ambiental poderia manter vivas as áreas protegidas. Dezoito anos depois, o quanto avançamos nisso?
Autor: Amália Safatle
Três das seis missões do programa Nova Indústria Brasil contemplam aspectos da economia circular, o que é bem-visto por Luísa Santiago, diretora-executiva da Fundação Ellen MacArthur na América Latina. Mas, em sua avaliação, há espaço para avançar nos instrumentos que causarão mudanças ainda mais sistêmicas, como políticas públicas de estímulo ao reparo, ao recondicionamento e à remanufatura.
Debate ilumina o pano de fundo da educação no território amazônico, ao mostrar a teia de elementos relacionados com o tema. Por trás dos indicadores, estão condições de saúde, assistência social, trabalho e renda, além de uma visão colonial da sociedade brasileira, e a falta de identificação das populações locais com um sistema importado do modelo eurocêntrico Por Amália Safatle Recente relatório de monitoramento do Plano Nacional de Educação (PNE) mostra a Amazônia Legal atrás do restante do Brasil, segundo uma série de indicadores. Considerando que, em 2024, o PNE trará o planejamento para os próximos 10 anos, o momento…
A Cúpula da Amazônia, a ser realizada em agosto, busca retomar o diálogo entre os países amazônicos e definir compromissos para o desenvolvimento da região. Em diálogo promovido pela rede Uma Concertação pela Amazônia, representantes de povos originários, do governo, do empresariado e da sociedade civil propõem aumento da cooperação internacional, maior ambição no desenvolvimento das bioeconomias, segurança e protagonismo dos povos indígenas e das populações tradicionais Por Amália Safatle Quais caminhos levam ao desenvolvimento da região amazônica? A ser realizada em 8 e 9 de agosto em Belém do Pará, pelo governo federal, a Cúpula da Amazônia reposiciona o…
Para que a agenda indigenista perdure, as conquistas no campo institucional terão de ser acompanhadas por um sentimento de orgulho pela sociedade brasileira. O crescente protagonismo indígena, especialmente feminino, envolve essencialmente um debate sobre a identidade do País, a valorização da diversidade, e o reconhecimento da ancestralidade como um passo para o Brasil do futuro.
Startups apoiadas pelo programa Aceleradora 100+ mostram como a gestão de resíduos pode mudar vidas enquanto gera benefícios ambientais.
Juntas e misturadas, propostas a serem adotadas nos 100 primeiros dias de governo podem semear uma agenda integrada para a região, nas esferas federal e estadual, dialogando tanto com o poder executivo quanto com o legislativo. Confira o debate sobre o documento lançado em outubro por Uma Concertação pela Amazônia.
A Amazônia destrói suas riquezas naturais enquanto apresenta os piores índices socioeconômicos do País. Além disso, políticas de proteção bem-sucedidas no passado não dão mais conta dos novos desafios da região apresenta. O projeto Amazônia 2030 elaborou um plano de desenvolvimento que considera as atuais complexidades e joga luz para o futuro.
O projeto Internet dos Povos da Amazônia pretende levar, em poucos anos, internet rápida a quem ainda vive sob um apagão digital. Representantes indígenas, quilombolas e extrativistas veem enormes benefícios em termos de cidadania, acesso a serviços essenciais, vigilância da floresta e gestão do território Por Amália Safatle Quando a pianista Carla Ruaro e sua equipe içaram um piano em um barco e atravessaram a imensidão amazônica, puderam ver o maravilhamento nos olhos das pessoas. Especialmente das crianças, que nunca tinham visto ao vivo este que é o maior dos instrumentos musicais. A expedição, documentada no premiado filme Raízes -…
O caminho é longo e complexo, mas a aposta é de que a região reúne os ingredientes para dar um salto de desenvolvimento e inclusive ser uma resposta para questões nacionais – desde que haja aporte em ciência, tecnologia, inovação e formação humana, combinado a uma visão de prosperidade. Nesse contexto, o empreendedorismo é visto como instrumento fundamental Por Amália Safatle É possível vislumbrar um novo “Jeff Bezos” ou “Steve Jobs” ribeirinho ou indígena, capaz de movimentar um capital pujante na Amazônia e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental? Se houver aporte em ciência, tecnologia, inovação e formação humana,…