ÚLTIMAS DA REDAÇÃO
A fé que restaura montanhas
Santuário de Aparecida planta florestas em áreas do entorno como segurança hídrica para o complexo turístico, em projetos que reforçam um novo ciclo econômico baseado em árvores nativas no Vale do Paraíba
Tempo esgotando
Já em 2012, o economista Pavan Sukhdev mencionava uma janela de 12 a 15 anos para o mundo promover uma transição ao baixo carbono. Doze anos se passaram e ainda há importantes corporações trabalhando justamente na direção contrária
Novo evento da série “Notas Amazônicas” debaterá o estudo “Bioeconomia indígena: saberes ancestrais e tecnologias sociais”, a ser lançado por antropólogos indígenas, em colaboração com WRI Brasil, Uma Concertação pela Amazônia e parceiros. Inscreva-se!
Guardiãs ainda sem recompensa
Remunerar comunidades indígenas e tradicionais pelo serviço de proteger o capital natural brasileiro representaria uma revolução econômica, cultural e ambiental sem precedentes no planeta, já dizia Mary Allegretti em 2006. Para a antropóloga, somente uma política inovadora especificamente formulada para remunerar um serviço ambiental poderia manter vivas as áreas protegidas. Dezoito anos depois, o quanto avançamos nisso?
CT&I na Amazônia: é hora de criar pontes
O Brasil é o país com maior potencial de liderar a economia alicerçada no capital natural, enquanto gera desenvolvimento com bem-estar para sua população e preservação de seu patrimônio ambiental. Daí a relevância da agenda de CT&I voltada à bioeconomia de base florestal. Cientes dessa importância, dois institutos brasileiros – Arapyaú e Agni – uniram-se em torno da iniciativa “Estratégia para fortalecer CT&I em bioeconomia na Amazônia”, criada em 2023, que se dispôs a mergulhar no sistema de ciência, tecnologia e inovação da região amazônica. Apresentamos aqui as principais linhas e informações da iniciativa, seguidas de uma reportagem que aprofunda o tema, mostrando o quanto esta agenda é chave para se reimaginar o desenvolvimento da região amazônica e do próprio País.
Os brasileiros consomem ínfimos 0,3% do PIB em espécies da biodiversidade do País. O uso sustentável capital natural, entretanto, será chave para o desenvolvimento do Brasil na medida em que gera oportunidades estratégicas para a prosperidade e o bem-estar das pessoas, especialmente neste momento em que o mundo precisa de soluções para as crises ambiental e climática, o que faz da Amazônia um ponto de partida. Mas a economia da floresta somente será impulsionada com investimentos baseados no conhecimento, que por sua vez é gerado por ciência, tecnologia e inovação. Iniciativa dos institutos Arapyaú e Agni, a partir de diálogo com mais de 70 pessoas, propõe uma estratégia para potencializar a agenda de CT&I na Amazônia.
O babalorixá Rodney William quer mostrar que a tradição religiosa e a sustentabilidade andam juntas. Partindo da crença de que os orixás representam as forças da natureza, não faz sentido lançar no ambiente oferendas que o prejudiquem. Campanhas de conscientização dos devotos têm sido crescentes para evitar a poluição ambiental.