O turismo ecológico – quando empreendido em escala moderada e seguindo regras que preservem os ecossistemas visitados – é um excelente instrumento de conservação, por gerar renda para comunidades que, na ausência de outras opções, estariam obrigadas a caçar, derrubar florestas e expandir áreas cultivadas. Mas qual, exatamente, a dimensão do ecoturismo em áreas protegidas? E quanto dinheiro ele deixa nas regiões visitadas? Estudo publicado ontem na revista científica PLOS Biology apresentou a primeira valoração econômica dessa indústria em nível global.
Segundo o trabalho,cerca de 8 bilhões de turistas visitam unidades de conservação ao redor do mundo a cada ano. A maior parte dessas visitas, 80%, estão concentradas na Europa e na América do Norte, regiões de maior poder aquisitivo e, por consequência, maior disponibilidade para o turismo. Os ecoturistas gastam pelo menos US$ 600 bilhões anuais, cerca de 60 vezes mais que os investimentos na conservação dessas áreas, que cobrem um oitavo da superfície terrestre.
O estudo foi coordenado por Andrew Blamoford , professor de Biologia da Conservação da Universidade de Cambridge, na Inglaterra e teve a participação de acadêmicos da Grã-Bretanha e dos EUA. Ele declarou à imprensa que o trabalho nasceu da frustração de não encontrar dados consolidados sobre os serviços que as unidades de conservação na área de lazer e recreação. De posse dos dados de visitação coletados em 556 parques nacionais e outras áreas protegidas em 51 países, os pesquisadores fizeram uma série de projeções para 140 mil unidades de conservação, levando em consideração o seu tamanho e distância de centros urbanos, sua beleza e capacidade de atração, as condições socioeconômicas da população local e o nível de renda nacional.
Os pesquisadores concluíram que, de todas as unidades estudadas, a que recebe maior número de turistas (13,7 milhões ao ano) é a Golden Gate National Recreation Area, perto de San Francisco, na Costa Oeste americana. Em segundo lugar ficam dois parques nacionais britânicos, Lake District e Peak District, com 10,5 milhões e 10,1 milhões de visitas anuais, respectivamente. Os parques africanos despertam muito menos interesse – segundo o estudo, alguns países do continente recebem menos de 100 mil ecoturistas por ano. Mesmo o Parque Nacional de Serengeti, na Tanzânia, um dos maiores polos ecoturísticos da África, recebe em média apenas 148 mil visitantes ao ano.[:en]
O turismo ecológico – quando empreendido em escala moderada e seguindo regras que preservem os ecossistemas visitados – é um excelente instrumento de conservação, por gerar renda para comunidades que, na ausência de outras opções, estariam obrigadas a caçar, derrubar florestas e expandir áreas cultivadas. Mas qual, exatamente, a dimensão do ecoturismo em áreas protegidas? E quanto dinheiro ele deixa nas regiões visitadas? Estudo publicado ontem na revista científica PLOS Biology apresentou a primeira valoração econômica dessa indústria em nível global.
Segundo o trabalho,cerca de 8 bilhões de turistas visitam unidades de conservação ao redor do mundo a cada ano. A maior parte dessas visitas, 80%, estão concentradas na Europa e na América do Norte, regiões de maior poder aquisitivo e, por consequência, maior disponibilidade para o turismo. Os ecoturistas gastam pelo menos US$ 600 bilhões anuais, cerca de 60 vezes mais que os investimentos na conservação dessas áreas, que cobrem um oitavo da superfície terrestre.
O estudo foi coordenado por Andrew Blamoford , professor de Biologia da Conservação da Universidade de Cambridge, na Inglaterra e teve a participação de acadêmicos da Grã-Bretanha e dos EUA. Ele declarou à imprensa que o trabalho nasceu da frustração de não encontrar dados consolidados sobre os serviços que as unidades de conservação na área de lazer e recreação. De posse dos dados de visitação coletados em 556 parques nacionais e outras áreas protegidas em 51 países, os pesquisadores fizeram uma série de projeções para 140 mil unidades de conservação, levando em consideração o seu tamanho e distância de centros urbanos, sua beleza e capacidade de atração, as condições socioeconômicas da população local e o nível de renda nacional.
Os pesquisadores concluíram que, de todas as unidades estudadas, a que recebe maior número de turistas (13,7 milhões ao ano) é a Golden Gate National Recreation Area, perto de San Francisco, na Costa Oeste americana. Em segundo lugar ficam dois parques nacionais britânicos, Lake District e Peak District, com 10,5 milhões e 10,1 milhões de visitas anuais, respectivamente. Os parques africanos despertam muito menos interesse – segundo o estudo, alguns países do continente recebem menos de 100 mil ecoturistas por ano. Mesmo o Parque Nacional de Serengeti, na Tanzânia, um dos maiores polos ecoturísticos da África, recebe em média apenas 148 mil visitantes ao ano.