Evento marca o lançamento de estudo sobre bioeconomia indígena e procura dar visibilidade aos conhecimentos e saberes ancestrais. A ciência ocidental, eficaz em traçar diagnósticos, tem falhado nas soluções. Precisa, portanto, ouvir mais, falar menos e compreender melhor os modos de viver e produzir dos povos originários, que são profundamente relacionados ao território e à sua conservação. Embora ainda com pouco espaço no mundo acadêmico tradicional, a literatura indígena cada vez mais se mostra capaz de preencher lacunas de conhecimento.
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Remunerar comunidades indígenas e tradicionais pelo serviço de proteger o capital natural brasileiro representaria uma revolução econômica, cultural e ambiental sem precedentes no planeta, já dizia Mary Allegretti em 2006. Para a antropóloga, somente uma política inovadora especificamente formulada para remunerar um serviço ambiental poderia manter vivas as áreas protegidas. Dezoito anos depois, o quanto avançamos nisso?
O Brasil é o país com maior potencial de liderar a economia alicerçada no capital natural, enquanto gera desenvolvimento com bem-estar para sua população e preservação de seu patrimônio ambiental. Daí a relevância da agenda de CT&I voltada à bioeconomia de base florestal. Cientes dessa importância, dois institutos brasileiros – Arapyaú e Agni – uniram-se em torno da iniciativa “Estratégia para fortalecer CT&I em bioeconomia na Amazônia”, criada em 2023, que se dispôs a mergulhar no sistema de ciência, tecnologia e inovação da região amazônica. Apresentamos aqui as principais linhas e informações da iniciativa, seguidas de uma reportagem que aprofunda o tema, mostrando o quanto esta agenda é chave para se reimaginar o desenvolvimento da região amazônica e do próprio País.
Os brasileiros consomem ínfimos 0,3% do PIB em espécies da biodiversidade do País. O uso sustentável capital natural, entretanto, será chave para o desenvolvimento do Brasil na medida em que gera oportunidades estratégicas para a prosperidade e o bem-estar das pessoas, especialmente neste momento em que o mundo precisa de soluções para as crises ambiental e climática, o que faz da Amazônia um ponto de partida. Mas a economia da floresta somente será impulsionada com investimentos baseados no conhecimento, que por sua vez é gerado por ciência, tecnologia e inovação. Iniciativa dos institutos Arapyaú e Agni, a partir de diálogo com mais de 70 pessoas, propõe uma estratégia para potencializar a agenda de CT&I na Amazônia.
Com lançamento marcado para 24 de janeiro, na sede da Embrapa, em Brasília, o curso EaD “Semeando Florestas em Terras Indígenas” integra projeto homônimo voltado a estimular os povos originários a reflorestar suas terras degradadas. A meta inicial é plantar 1 milhão de árvores por ano. Esta é uma iniciativa do Parlamento Indígena (Parlaíndio) e da Associação Metareilá do Povo Paiter Suruí, com parceria técnica da Embrapa Florestas e apoio da Embaixada da França no Brasil.
Por meio da realidade virtual, o público da COP 28 pode visitar uma pequena propriedade rural no Pará e ver de perto como agricultores estão ajudando a restaurar a floresta e a combater a crise climática, enquanto aumentam e diversificam sua fonte de renda
Modelo de investimento que casa com os desafios sociais e ambientais da Amazônia, o financiamento híbrido ganha força na região. O assunto foi debatido em mais um webinar promovido por Uma Concertação pela Amazônia e Página22.
O Brasil provocará discussões sobre metas para redução das emissões de gases de efeito estufa, mas será cobrado na COP 28 a se posicionar em questões como combustíveis fósseis e agricultura de baixo carbono
Ativistas brasileiros divulgam posição conjunta com forte apelo para limitar uso de combustíveis fósseis; os atuais planos climáticos nacionais levam ao aumento de 9% das emissões
A redução do desmatamento e o fim dos conflitos de terra na Amazônia dependem fundamentalmente de um bem executado processo de ordenamento territorial e regularização fundiária. O assunto foi tema de encontro promovido por Uma Concertação pela Amazônia, que propõe um fundo para destravar a agenda fundiária.
Risco de desmatamento da Amazônia ultrapassa mil campos de futebol por dia em 2024. O dado, da plataforma de inteligência artificial PrevisIA, pode ser usado em políticas para evitar a destruição. A floresta que abriga a quarta maior árvore do mundo está entre as mais ameaçadas. A seguir, informações divulgadas pelo Imazon.